16.10.03

A propósito de prostituição. Arnaut, o meu ministro favorito, teve agora esta fantástica ideia de mandar cancelar a publicidade na Time ao Euro 2004 em sinal de desagrado por causa de uma reportagem que mencionava o crescimento da prostituição em Bragança.

Passadas algumas horas, a decisão já era suspender e não cancelar as inserções, provavelmente porque os ministros portugueses não têm o poder de alterar por despacho as leis americanas que regulam os contratos entre os anunciantes e os media.

Decorridas menos de 24 horas sobre a declaração inicial de Arnaut, somos informados de que afinal o que se cancelou foi a suspensão, porque o director da Time escreveu uma carta a pedir desculpas ao Governo português.

Não é por nada, mas acho que devíamos exigir ver a carta, já que não pudémos examinar as provas de que o Iraque tinha armas de destruição massiva.

Em si mesma, a atitude do ministro reflecte uma inqualificável saloice. Mas, pior ainda, revela que, na ideia dele, o facto de o Governo colocar publicidade numa revista dá-lhe o direito de controlar o seu conteúdo.

Notícias favoráveis em troca de anúncios? Quem diria!


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