25.7.06

Jardim infantil



O Dia D, suplemento de Economia do Público, é talvez a manifestação mais conseguida do projecto de infantilização do leitor prosseguido pelo jornal.

Eis um extracto de uma redacção ontem lá inserida, proposta por um moço promissor de quem o país muito tem a esperar:

"Ora, sendo o Homem um ser livre e autónomo, que jamais poderá viver numa sociedade igualitária dada a sua natureza, justificar uma solidariedade ‘à força’ baseando-se no ‘bem comum’, não faz sentido. Para além do mais, esta imposição de solidariedade por parte de um poder executivo, corresponde a um esvaziamento do próprio acto de doação. Podemos dizer que assistimos nos dias de hoje a uma transferência de responsabilidades do cidadão para o Estado, tendo este movimento repercussões na própria sociedade. Para além de constituir um problema de restrição de liberdades (já que cada um deve ser livre de poder escolher se quer ou não contribuir para um determinado fundo de solidariedade), pode ser também um factor de desagregação social, dado que o imperativo moral de muitas pessoas é transferido para a instituição Estado."

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