10.10.07

Torturar, sim, mas com jeitinho



Esta foi a semana em que o Wall Street Journal desencadeou uma polémica contra - imagine-se! - o Financial Times e o Economist a propósito das críticas destas duas publicações britânicas à utilização da tortura na alegada "guerra contra o terror".

O WSJ alega que a palavra tortura está a ser usada de forma excessivamente ampla, visto que, na opinião do articulista, coisas como a privação de alimento, de bebida ou de sono, bem como a simulação da sufocação, a estátua ou "algumas bofetadas", entre outras técnicas de interrogatório por ele apoiadas, não merecem esse nome.

Brett Stephens sustenta também que, não havendo consenso sobre o que é ou não é tortura, devemos ser mais comedidos na condenação das práticas norte-americanas recentemente denunciadas. Todos lhe ficaríamos eternamente gratos se Brett quisesse ter a bondade de doar o seu corpo à comunidade científica no intuito de submetê-lo a experiências destinadas a criar um consenso em torno do tema.

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