21.11.08

Bicicletas, contentores e outras paranóias

Lisboa tornou-se uma cidade hostil a quem nela vive, mas os seus autarcas distraem-se e distraem-nos com ninharias. Não poderia concordar mais com o que o Maradona escreve acerca do projecto das ciclovias e, sobretudo com esta afirmação, que, a meu ver, resume tudo:
"Não há qualquer sinal de que se pense nas pessoas, na vida que as pessoas levam e na relação delas com a cidade, apenas um vago desejo de progresso. O esforço não é no sentido de que o progresso melhore a vida de quem nela vive, mas que se ande por determinado caminho, o que naturalmente elimina qualquer necessidade de se pensar, estudar e testar as merdas."
Também sobre esta aflitiva incapacidade de se trabalhar com os habitantes da cidade em mente, não perder "Os conventos e os contentores", de Manuel Caldeira Cabral. Um extracto:
"Ao mesmo tempo que se discute acaloradamente o que fazer com uma zona da frente de rio que fica por baixo de uma ponte, há quilómetros de frente de rio e de mar, bem como das zonas históricas de Lisboa, desaproveitados há muitos anos e sobre os quais ninguém fala."

1 comentário:

Anónimo disse...

Lisboa não é Amsterdão, Estocolmo, ou mesmo Berlim. Mas há zonas da cidade, por acaso das mais populosas, onde é praticavel andar de bicicleta. E o clima até é melhor do que naquelas cidades.
Concerteza que há outras prioridades, por exemplo, melhorar as condições para quem precisa e/ou gosta de andar a pé.
Solução para a mobilidade: o Metro, senhores, o Metro.