28.8.10

Discernimento e ausência dele

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Vasco Pulido Valente leu no jornal que mais portugueses confiam em Bruxelas do que no seu governo nacional para resolver a crise. Deduziu disso (v. Público de hoje) que "a Europa serve de conforto ao desespero do indígena", que "a democracia levou os portugueses à irresponsabilidade" e que esperamos que "a salvação venha de uma força superior estranha à mísera realidade portuguesa".

Se tivesse consultado o Eurobarómetro que cita, saberia que, tirando a Roménia e o Reino Unido, em todos os restantes países da União Europeia se acredita que Bruxelas tem mais condições para resolver a crise internacional do que os respectivos governos nacionais. O que, diga-se, só abona em favor do discernimento popular.

(VPV reproduz levianamente uma série de outras mentiras constantes do artigo de jornal que leu. É normal, num patarata que não tem qualquer preocupação de se informar previamente do que fala.)
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