17.11.10

O homem é de facto um animal fascinante

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"Vim parar por acaso a este tópico, devido aos "Castro Portugal" de Gaia – família que me interessa para os séculos XVIII e XIX, por diversos motivos.

"Atendendo à listagem exaustiva que colocou dos filhos do Capitão Custódio dos Reis e Ana Joaquina de S. José (onde surge uma Maria Maurícia dos Reis), venho perguntar-lhe o seguinte:

"1 - Tem conhecimento de alguma Ana Maurícia dos Reis (nascida talvez em finais do século XVIII ou nos primeiros anos do século XIX), casada com Manuel Francisco dos Reis (supostamente de Valadares). Eles tiveram pelo menos uma filha, chamada Maria Maurícia dos Reis - minha tetravó. Ainda não tive oportunidade de estudar este ramo familair e ficaria muito satisfeito se pudesse entroncar a minha quinta avó Ana Maurícia dos Reis na família dos Castros, pois tonraria a pesquisa futura mais segura.

"2 – O filho n.º 5 da sua lista - António dos Reis Castro (nascido a 5 de Abril de 1769 em Gulpilhares e falecido em 5 de Setembro de 1833 em Valadares, onde casou a 9 de Julho de 1791, com Luísa Antónia Pinto, desta freguesia) é o mesmo António dos Reis Castro que vivia na Quinta da Fábrica do Papel, junto à praia de Valadares? Tem mais dados sobre este António dos Reis Castro?

"3. – Pode-me confirmar se o Capitão Custódio dos Reis, marido de Ana Joaquina de S. José, é o mesmo que o Capitão de Ordenanças Custódio dos Reis Castro, de Canidelo, o qual reformou-se em 1793? Em caso afirmativo, pode-me também confirmar se este Custódio dos Reis Castro era parente dos Castros moradores na Quinta do Paço, em Canidelo?"
Lido aqui, na sequência de um aviso que recebi no Google Alert. E ainda:
"A partir dos dados que o Costa Gomes transcreve é impossível chegar lá, pois ele faz confusão entre três ou mais indivíduos da mesma família. Ele fala de um Fernão Camelo de Miranda, 1º Morgado de Vilar do Paraíso, militar, Governador de São Tomé, etc, casado com D. Maria de Castro, filha de D. João de Castro, 4º Vice-rei da Índia. Ora, tudo isto é falso, ou melhor, impreciso, e passo a explicar:

"1º- o 1º Morgado chamava-se Fernão Camelo, e não Camelo de Miranda. O autor confundiu com o segundo ramo desta família, que herdou o morgado depois do primeiro ramo se extinguir. Um descendente de um irmão de Fernão Camelo, chamado Gonçalo Pinto de Miranda, mudou de nome para suceder, passando a usar o nome Fernando Camelo de Miranda. Este nome repete-se em pelo menos outros seis seus descendentes, por vezes combinado com outros nomes, como Castro, Pinto ou Sarmento.

"2º- não sei se conhece o túmulo destes Fernão Camelo e D. Maria de Castro, em Vilar do Paraíso. Sobre o túmulo da senhora está um brasão de Castro, de 13 arruelas. D. João de Castro, o Vice-rei, era dos Castros de 6 arruelas! D. Maria de Castro era dos chamados Castro de Resende e não tinha nenhuma ligação ao Vice-rei.

"Consultei muitos livros, mas a maior parte da árvore pode ser encontrada no Felgueiras Gayo. Eis a minha humilde contribuição genealógica:

"Aires de Miranda, casado com Joana Brandão Camelo, filha de Nuno
Camelo, sobrinha do referido Fernão Camelo e de D. Maria de Castro. Foram pais
de Fernando Camelo de Miranda, casado com Maria Pinto (ou Pinto da Fonseca, ou
Pinto de Sousa), pais de Gonçalo Pinto de Miranda. Este entrou em demanda com a
Misericórdia de Lisboa e, para suceder como Morgado aos seus parentes, mudou o
nome para Fernando Camelo de Miranda Pinto e Castro, o 1º deste nome. Casou 1ª
vez com Brites Carvalhais, e casou 2ª vez com Brites de Macedo, de quem teve
Fernando Camelo de Miranda Pinto e Castro, o 2º, que casou com Mariana de
Vasconcelos, e foram pais de Fernando Camelo de Miranda Pinto e Castro, o 3º.
Este casou com Maria Luísa Pinto de Carvalho, de quem nasceram Fernando Camelo
de Miranda Pinto e Castro, o 4º, sem sucessão, e D. Maria Camelo de Miranda
Sarmento Pinto e Castro, que sucedeu a seu irmão como Morgada. Casou com Manuel Soares Ferreira (acho que era assim que se chamava), e foram pais de Fernando Camelo de Miranda Sarmento Pinto e Castro, o 1º deste nome, com geração bastarda, que, por ser ilegítima não podia suceder no Morgadio (era essa uma das leis fundamentais dos Morgadios, para além da obrigatoriedade da perpetuação dos
apelidos dos instituidores). Assim, o seu irmão Francisco Xavier Camelo de
Miranda Sarmento Pinto e Castro (que também usava outros nomes como Francisco
Xavier de Castro ou Francisco Xavier Camelo de Miranda) sucedeu como Morgado.
Era casado com Ana Pinto de Noronha, de quem teve Fernando Camelo de Miranda
Sarmento Pinto e Castro, o 2º.

"Este casou com Feliciana Maria da Conceição, e foram pais de, entre outros,
Fernando Camelo de Miranda Sarmento Pinto e Castro, o 3º, Cadete de Infantaria e
que era solteiro em 1776.

"Até aqui está tudo no "Nobiliário" do Felgueiras Gaio, que foi escrito mais ou
menos nessa época. O que acontece é que Fernando Camelo de Miranda Sarmento
Pinto e Castro, o 3º, casou depois do Felgueiras Gaio ter compilado a sua obra,
por isso não aparece o casamento nem a descendência dele. Assim seguimos:

"Fernando Camelo de Miranda Sarmento Pinto e Castro, o 3º, último Morgado de
Vilar do Paraíso, casou com D. Maria Clara Baldaia de Menezes e Tovar, filha de
João Álvares Pamplona Carneiro Rangel e de Maria Clara Baldaia de Tovar. Estes
foram pais de D. Maria Januária Camelo de Miranda de Castro Sarmento, casada com José de Castro Portugal, por sua vez pais de D. Ana dos Reis Castro Portugal.

"Alguns dos nomes podem não coincidir ou variar na organização dos apelidos, mas acho que na generalidade está tudo mais ou menos certo."
O trabalhão que estas pessoas tiveram...
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