24.5.12

Lomba medita a Europa e fica exausto

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A redação de Pedro Lomba começa hoje muito bem no Público, com ele a reproduzir informações sobre a União Europeia recolhidas na Wikipedia que tinha mais à mão.

Chegado à linha dezanove, porém, tropeça logo da primeira vez que tem que acrescentar uma pequena elaboração mental própria, ao afirmar que cada país da União tem "um povo nacional".

Este deslize tem consequências para o argumento principal da prosa, a saber, que "jamais existiu no mundo uma democracia à escala transnacional".

Se tiver a bondade de deslocar-se a Badajoz, poderá, virando-se para leste, contemplar uma dessas democracias multinacionais cuja existência desconhece. Circunstância idêntica encontraria no Reino Unido e na Bélgica, já para não falar da quase totalidade dos países do leste europeu, de cuja solidez democrática é, porém, permitido duvidar-se.

Atravessando o Atlântico, mesmo que prefira ignorar o Brasil, poderá pôr os olhos nos EUA, um mosaico de variadas nações que recebe novos e originais influxos em cada ano que passa.

Coloca a multiplicidade de nações e culturas dificuldades particulares à edificação de uma democracia? Sim, mas já se fabricou disso e continuará a fabricar-se.

Vamos lá a pensar melhor no assunto.
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